Opinião: qual é o preço da sua dignidade? Ou melhor; sua dignidade tem preço?

É obvio que se fizermos essa pergunta a qualquer cidadão de bem, gera certo desconforto; nenhum ser humano consciente venderia sua moral, respeito, autoridade, honra ou nobreza, como queira sua interpretação.

Porém, não é bem assim no universo da falsa democracia rumo às cadeiras do poder – legislativo ou executivo, em todos os âmbitos – não quero generalizar, mas, muita gente se vende, e absolutamente por nada, e o preço é imediato e duradouro, quatro anos com total liberdade para gastar, usufruir o ‘cheque’ em branco, proporcionado pela venda da dignidade na política.

Muitos cidadãos cobram transparência, consciência e repeito neste processo democrático, mas é sabido por todos que o lado obscuro e oportunista trabalha de forma silenciosa, sobre tudo, para os quem detém de poder econômico, classe que deitam e rolam com suas promessas fantasiosas, deblaterando aos ventos o que não irão cumprir.

É fato que, religiosos, intelectuais, lideranças, professores, escritores, jornalista, cientistas e especialistas propagam a mensagem educativa sobre ter e exercer sua oportunidade de mudança nos processos democráticos, o que obstrui aos fracos e corruptíveis é o individualismo. Quando alguém deseja para si mesmo, não existe vontade de aplicar a solidariedade entre aos que vivem em comunidade.

No caso dos lobos de plantão na política: Infelizmente, a maioria dos cidadãos, sobretudo os mais vulneráveis estão prontos para recebê-los, e iniciar um diálogo de “barganha”, sempre com a famosa e oportunista pergunta: – ‘o que vou ganhar depositando meu voto em você?!

Enquanto isso, parte da sociedade continua de joelhos diante de um sistema sujo, mentiroso e falso.

Quando o verdadeiro gigante acordar, sem as rédeas do sistema, desprender-se das algemas dos coronéis da atualidade, começará a engatinhar rumo à transformação que tanto desejamos. Mas, isso pode demorar muito, quando não existe união entre os mais vulneráveis. Sendo assim, vamos batalhando, criando oportunidade de captar as migalhas que caem das grandes mesas dos poderosos que brincam de governar, administrar o dinheiro público. Como animais racionais, precisamos de adestramento de consciência política ou, viveremos engolindo as vontades dos administradores do sistema.

Édvim Filho