IMA completa 30 anos a serviço da defesa agropecuária e segurança dos alimentos

13 de abril de 2022

A longa estrada dos produtos agropecuários até a mesa do consumidor começa bem antes de abrir a porteira da fazenda. Um dos maiores desafios da defesa agropecuária é a necessidade de incentivos ao crescimento do agronegócio. Seja no campo, na indústria ou nos estabelecimentos comerciais, o caminho apresenta peculiaridades que vêm sendo simplificadas com eficiência ao desburocratizar os serviços, com emprego de boas práticas da legislação, e estimular soluções para a produção correta e sustentável, mantendo a importância e seriedade do serviço.

Na ponta e no meio da cadeia produtiva, ou dentro da propriedade rural, é necessário respeitar as normas sanitárias e legislação vigente, considerando cadastros, registros e certificados como o ponto de partida dos trilhos para o produtor empreender, multiplicar vendas, agregar valor ao seu produto, gerar emprego e renda, movimentar a economia local e conquistar mercados promissores.

Este é o trabalho do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), autarquia vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), que completou, no domingo (10/4), 30 anos a serviço da defesa agropecuária e segurança dos alimentos de Minas. Dentre diversos marcos e conquistas ao longo da trajetória, destaca-se a dedicação e profissionalismo de servidores médicos veterinários, engenheiros agrônomos, farmacêuticos, biólogos, químicos, técnicos em agropecuária e especialistas de áreas administrativas, estratégicas e colaborativas, que formam um alicerce robusto para fiscalizar, analisar, inspecionar e certificar rebanhos, lavouras e agroindústrias.

“O maior patrimônio do IMA são as pessoas, atualmente somos 1.600 servidores, entre ativos e aposentados, e todos estão nos nossos corações! Desde que a autarquia foi criada, diversas conquistas ao longo dos anos marcam nossa história de muito trabalho e sucesso!”, celebra o diretor-geral do IMA, Antônio Carlos de Moraes.

História, marcos e conquistas

A história do IMA começa a ser escrita em 7 de janeiro de 1992, data de criação da autarquia por decreto. Em 10 de abril do mesmo ano, formava-se a primeira diretoria com a implantação dos circuitos pecuários Centro-Oeste e Leste do estado e a decisão para erradicar a febre aftosa. Em 1996, o atendimento ao último foco da doença em Minas, no município de Itaguara, marcou uma das primeiras conquistas da instituição. Cinco anos depois, em 2001, o estado alcançava o status de área livre de febre aftosa com vacinação, cenário que favoreceu a exportação de carne bovina mineira para o mercado externo, fortalecendo acordos internacionais.

Na mesma década, em 1994, Minas Gerais inicia a vacinação obrigatória contra brucelose nos rebanhos, contribuindo com a sanidade de bezerras de três a oito meses de idade, uma medida fundamental para a segurança do leite produzido nas fazendas. Em 1997, um laticínio no município de Coronel Pacheco foi o primeiro contemplado com o registro de estabelecimento elaborador de produto de origem animal.

Em 2005, foi instituída a lei de defesa vegetal, formada pelo conjunto de práticas destinadas a prevenir, controlar ou erradicar pragas capazes de provocar danos econômicos às lavouras e seus produtos, especialmente nas culturas que detêm importância econômica e social para o Estado.

No ano seguinte (2006), com o objetivo de compartilhar conceitos e atividades no cotidiano de famílias do meio rural ou urbano, formando um consciente coletivo para multiplicar informações sobre a segurança alimentar e os cuidados com os animais de produção e os vegetais, o IMA lançou o livro a “A educação sanitária no dia a dia dos alunos – descobrindo a agropecuária na escola”, chancelado pela Secretaria de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) como obra didática pedagógica de importância e qualidade para os pequenos e seus familiares.

Em 2009, o destaque foi para a rede laboratorial com a implantação do sistema de gestão baseado na Norma ISO/IEC 17025 na Rede Laboratorial e acreditação no Inmetro/CGCRE. Na certificação, a acreditação junto ao Inmetro e credenciamento junto ao Mapa como Organismo de Certificação de Produtos Orgânicos, também foi um momento histórico.

Em 2012, dois marcos importantes com a obtenção do reconhecimento do Serviço de Inspeção Estadual equivalente ao do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Desde então, o IMA é integrante do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal – SISBI-POA, permitindo a ampliação da área de comércio de seus produtos para todo o território nacional.

Quatro anos depois, Minas Gerais conquista área livre de Peste Suína Clássica, sendo reconhecida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). A concessão do status de área livre contribuiu para que o estado ampliasse sua participação no mercado internacional, aumentando as vendas de carne suína para outros países.

No ano seguinte, a implantação do portal do produtor permitiu diversas facilidades para o setor produtivo e, logo depois, em 2018, iniciou-se o processo de implantação das políticas de simplificação.

Em 2019, a concessão dos primeiros Selos Artes do país, reconhecendo a artesanalidade e tradicionalidade da produção de queijos dentro de Minas Gerais fez com que, em menos de três anos, mais de 100 produtores com o Selo, comercializasse os seus produtos para consumidores para todo o Brasil.

Já em 2020, o peticionamento eletrônico para registro de estabelecimentos de produtos de origem animal, conferiu aos proprietários de estabelecimentos mais facilidades para regularizar a produção e, em 2021, o novo aplicativo Notifica IMA que, por meio do whatsapp 31 98598.9611, todos os cidadãos podem notificar, de forma online, casos suspeitos de doenças e alta mortalidade em animais de produção.

Neste ano, um importante marco foi a revisão do mapa estratégico da instituição, contendo perspectivas e resultados, processos internos e recursos.

 

Rodolpho Sélos – Ascom/IMA

Foto: Divulgação/IMA


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